É comum designar-se o AVC - acidente vascular cerebral - como “trombose”. Trata-se de um acidente, ou seja, um facto não programada, em que um trombo interrompe a circulação sanguínea para o cérebro (AVC isquémico) impedindo a chegada de oxigénio e nutrientes, indispensáveis à sua atividade. Pode também acontecer o mesmo acidente, mas por rompimento de uma artéria (AVC hemorrágico).
O mais frequente é o AVC isquémico, com morte de tecido cerebral pouco tempo depois da ocorrência, daí a urgência em detetar rapidamente e intervir. Quanto mais depressa se conseguir “desentupir” a artéria que ocluiu (de preferência nas primeiras horas após início dos sintomas), maior a probabilidade de evitar a morte de neurónios e de recuperação, ou de menor extensão dos danos.
O QUE CAUSA UM AVC?
Estes são os fatores de risco mais comum que aumentam a probabilidade de ter um AVC
- Hipertensão (tensão arterial elevada) É o fator de risco mais importante, tanto para AVC isquémico como para AVC hemorrágico: 70% das pessoas que sofrem um AVC têm hipertensão! Não apresenta sintomas (na maioria dos casos não dói!), e só pode ser identificado através da medição da tensão arterial. As tensões devem estar abaixo de 140/90, e, de preferência, abaixo de 130/80.
- Tabagismo - Fumar é um acelerador do aumento dos níveis de coagulação no sangue e o desenvolvimento da aterosclerose (placas que vão entupindo os vasos sanguíneos). Também aumenta os danos causados às paredes dos vasos sanguíneos do cérebro. O tabagismo contribui ainda para o aparecimento de diabetes e das suas complicações, e da hipertensão arterial.
- Gordura no sangue em níveis elevados, vulgarmente conhecida como colesterol - É particularmente importante manter níveis baixos de “mau” colesterol (LDL) e níveis elevados de colesterol “bom” (HDL), assegurando que, em situações normais, o nível total de colesterol no sangue não exceda 190 mg/dl.
- Obesidade - O risco de sofrer um AVC é maior em pessoas obesas, sobretudo quando a tendência é a acumulação de gordura no centro do corpo, conhecida como “obesidade abdominal” pela sua atividade metabólica, agressiva para o aparelho circulatório.
- Diabetes - O AVC é 4 vezes mais comum em doentes com diabetes em comparação com a população em geral. Esta doença pode começar sem sintomas significativos, mas pode ser identificada por um teste sanguíneo simples. A diabetes pode levar à obstrução de pequenos vasos sanguíneos em várias partes do corpo, bem como ao bloqueio dos vasos sanguíneos do cérebro, resultando num AVC.
TALVEZ NÃO SAIBA QUE
A rapidez nos primeiros socorros é essencial para minimizar os danos. O processo de reabilitação de um AVC começa quando o paciente é admitido no hospital.
A integração profissional da vítima de AVC na fase de reabilitação é um contributo determinante para a sua recuperação.
As doenças cérebro-cardiovasculares são responsáveis por 1 em cada 3 mortes e a primeira causa de incapacidade no nosso país
O apoio prestado pela família na recuperação de um AVC é crucial e os Grupos de Ajuda Mútua (GAM) a familiares e sobreviventes são um importante apoio disponível.
Os Grupos de Ajuda Mútua (GAM) são uma ferramenta importante para ajudar a família e a vítima de AVC | • GAM – Porto | Frederico Augusto - gamporto@portugalavc.pt | Encontros: última 6ª f. do mês às 17h no Hospital da Prelada